domingo, 6 de março de 2011

Para Cazuza musicar



A procura do sonhado paraíso
sempre acaba no primeiro inferninho.
Marionete de um furacão, aviso :
eu compro a briga de quem pagar o vinho.

Nuvens sempre hão de ser meu piso.
Mal-acompanhado, sigo sozinho;
sabendo que sou reza, sou riso
e nada sei (o que é saber um pouquinho).

Acredito em Deus, ele em mim.
Para onde vou, não sei, sei que vim
encarar o medo, tête-à-tête.

Nunca paro antes do fim;
acredito nos que dizem sim:
a puta, o padre, o pivete.



Cidadão das nuvens

Renato Silva

Um comentário:

Graça Carpes disse...

"...Nuvens sempre hão de ser meu piso."

✍ Pés de algodão!
Bjs