Competem dois ventos.
De uma sacola plástica, vale-se o primeiro;
de uma página de jornal, o segundo.
Encarnado em uma tampa Coca-Cola,
figura transversal aos que pelejam,
um terceiro, linha de chegada, aguarda epilético.
Esgotado o embate,
organizar-se-á o segundo,
cuja arbitragem ficará a cargo do vento derrotado;
cabendo
ao vencedor
duelar com o que os bandeirava,
em rua subseqüente e na carne de outra coisa -
a nota C do exame, o fio da barba algodão,
o grão de areia, a bituca lançada pela mulher,
o endereço do melhor dentista de São Paulo,
a rabiola viúva, a embalagem vazia, etc.,
a mosca quase
morta.
E assim, asfalto pós asfalto, até que,
em forma una e indivisa,
os ventos acordem com o ideal de,
por outras bandas,
as árvores destruí-las e,
suas sementes,
espalhá-las,
assinando ventania, tão
somente, ventania.
Um comentário:
Olá ví sua comunidade no orkut, e estou passando por aqui para conferir seu trabaho. Parabéns pela sua expressão.
Abraço.
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