sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prazer! - Árvore



Após o enterro nasço criatura.
Flores de vida não de sepultura.
Me alimento da terra e do céu.
Trato com o sol e as profundezas do fel.

A minha sombra é deleite.
Na chuva mamo meu leite.
No outono fico careca.
Primavera não: Meca.

Meu coração não é só meu.
É da Adriana é do Eliseu.
Minha raiz é um enrosque.
Com meus convivas sou bosque.

Solitária sou desmatamento.
Tenho acordo com o vento:
Dou lhe forma ele me espalha a semente -
assim parada ainda sigo em frente.

4 comentários:

Jeh Pagliai disse...

Lindo poema a la Fernando Pessoa...
Parabéns!

Beijinhos

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www.jehjeh.com

Inez disse...

Muito profundo seu poema, renascer para a vida, para a alegria, o amor, e tudo o que a vida pode oferecer.

Flor Tulipa disse...

Olá!Gostei do poema parabéns

sucesso com seu blog
beijokas Tulipais
http://tamytulipa.blogspot.com/

Beê disse...

AAAAAAAh, que poesia maravilhosa! .-.

linda mesmoo!!
estou por aqui! ^^

ventosemrumo.blogspot.com