Olha o nariz
de bola do palhaço.
Olha o sapato -
um metro e meio de cadarço.
Olha o cabelo
vermelho que ele tem.
A flor que solta água -
mal-me-quer ou me-quer-bem?
Quando o palhaço chora
todo mundo ri.
Quando o palhaço cai
ninguém tá nem aí.
Quando ele cai
de bunda no balde
todo mundo gosta
todo mundo aplaude.
A gente paga ingresso
ele paga mico.
É o maior
sucesso do circo.
A gente leva a filha
ele leva a falha.
Quando seu gesto brilha
põe na tristeza a mortalha.
Um comentário:
Amei esse poema... forte, reflexivo, bela pintura de palavras. Parabéns moço. Beijos
Postar um comentário