Foi motoqueiro quem tirou
minha primeira vida
A segunda, perdi de velho
Na terceira: suicida
A quarta: envenenamento
(lembrar me dói cabeça e barriga)
Uma garota levou a quinta
(ataca a mãe pra ver se quica)
Por fim um anjo me levou na cesta
(Portas do céu: quanta gentileza!)
Só me resta uma vida
mas por você eu morreria
Faça gato e sapato dessa ninharia
Por um banho de língua
entro até na carrocinha
Eu encaro vira-latas por você, gatinha
Nesse estranho mundo cão
quem tem menos mais arrisca
Tivesse uma ao invés de seis
sairia desse cisca-cisca?
Rato no prato
Ração no pote
Quentes abraços
Sete filhotes
Supermercado
em lixos nobres
E ainda grátis
nesse pacote
as garras desse
gato da sorte
Só me resta uma vida
mas por você eu morreria
Eu luto, eu pego, eu mato
ratazana e companhia
Por mais uma lambida
vendo até a alma minha
Reencarno e te entrego as outras sete, gatinha.
4 comentários:
E aí, Renato. Estou cada vez mais surpreso com a quantidade de blogs que trazem poesia. O que seria de nós sem ter onde publicar os nossos escritos, não é?
Abraço
Muito bonito esse seu poema, gostei. Parabéns, escreve muito bem, vou dar uma olhada no resto do conteúdo do blog.
Abraço.
Adorei!
Simples, parece até uma brincadeira, mas, acho que é mais uma linda declaração de amor.
intiresno muito, obrigado
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