quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quando chove para tudo (tudo pára)


Tem mão de São Pedro

nesse pé d’agua –

e os cabelos do dedo

o pulso em disparada

e o punho sedento

e a unha encravada

e o caminho do tempo

nos rabiscos da palma


Quando chove para tudo

Para tudo tudo pára

São Paulo pára para Pedro

Pára Pedro Pedro Pára.


E diga assim, me diga à toa:

com quantos caos

se faz uma garoa?


Tem mão de São Pedro

nesse trovão

que encoraja o medo

a assustar distração

de acabar escondendo

menos o rabo do cão

abaixo do aconchego

aonde deita o colchão.


Quando chove para tudo

Para tudo tudo pára

Só quem não pára é Pedro

Pára Pedro Pedro pára


E diga assim, me diga à toa:

com quantos caos

se faz uma garoa?

3 comentários:

Kelly Christi disse...

com todos os ciclos da agua do mundo!!!

gostei do joguinho de palavras

bjs
http://www.pequenosdeleites.blogspot.com

Thiago disse...

Parece profético. Escreveste uma poesia que remete a algo que parou nossa cidade neste dia 8 de setembro, há 6 dias.

Muito boa, aliás, como sempre.

Raiana Reis disse...

Oi Renato!!
Passei só pra deixar...
Saudade! ;)
Beijos!